Fundação 2007 - Notícias - Informações - Entretenimento - Curiosidades - Ano 2023 -

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Provérbios 16




  1. Do homem são as preparações do coração, mas do SENHOR a resposta da língua.
  2. Todos os caminhos do homem são puros aos seus olhos, mas o Senhor pesa o espírito.
  3. Confia ao Senhor as tuas obras, e teus pensamentos serão estabelecidos.
  4. O Senhor fez todas as coisas para atender aos seus próprios desígnios, até o ímpio para o dia do mal.
  5. Abominação é ao Senhor todo o altivo de coração; não ficará impune mesmo de mãos postas.
  6. Pela misericórdia e verdade a iniqüidade é perdoada, e pelo temor do Senhor os homens se desviam do pecado.
  7. Sendo os caminhos do homem agradáveis ao Senhor, até a seus inimigos faz que tenham paz com ele.
  8. Melhor é o pouco com justiça, do que a abundância de bens com injustiça.
  9. O coração do homem planeja o seu caminho, mas o Senhor lhe dirige os passos.
  10. Nos lábios do rei se acha a sentença divina; a sua boca não transgride quando julga.
  11. O peso e a balança justos são do Senhor; obra sua são os pesos da bolsa.
  12. Abominação é aos reis praticarem impiedade, porque com justiça é que se estabelece o trono.
  13. Os lábios de justiça são o contentamento dos reis; eles amarão o que fala coisas retas.
  14. O furor do rei é mensageiro da morte, mas o homem sábio o apaziguará.
  15. No semblante iluminado do rei está a vida, e a sua benevolência é como a nuvem da chuva serôdia.
  16. Quão melhor é adquirir a sabedoria do que o ouro! e quão mais excelente é adquirir a prudência do que a prata!
  17. Os retos fazem o seu caminho desviar-se do mal; o que guarda o seu caminho preserva a sua alma.
  18. A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda.
  19. Melhor é ser humilde de espírito com os mansos, do que repartir o despojo com os soberbos.
  20. O que atenta prudentemente para o assunto achará o bem, e o que confia no Senhor será bem-aventurado.
  21. O sábio de coração será chamado prudente, e a doçura dos lábios aumentará o ensino.
  22. O entendimento para aqueles que o possuem, é uma fonte de vida, mas a instrução dos tolos é a sua estultícia.
  23. O coração do sábio instrui a sua boca, e aumenta o ensino dos seus lábios.
  24. As palavras suaves são favos de mel, doces para a alma, e saúde para os ossos.
  25. Há um caminho que parece direito ao homem, mas o seu fim são os caminhos da morte.
  26. O trabalhador trabalha para si mesmo, porque a sua boca o incita.
  27. O homem ímpio cava o mal, e nos seus lábios há como que uma fogueira.
  28. O homem perverso instiga a contenda, e o intrigante separa os maiores amigos.
  29. O homem violento coage o seu próximo, e o faz deslizar por caminhos nada bons.
  30. O que fecha os olhos para imaginar coisas ruins, ao cerrar os lábios pratica o mal.
  31. Coroa de honra são as cãs, quando elas estão no caminho da justiça.
  32. Melhor é o que tarda em irar-se do que o poderoso, e o que controla o seu ânimo do que aquele que toma uma cidade.
  33. A sorte se lança no regaço, mas do Senhor procede toda a determinação.

Provérbios 17




  1. É melhor um bocado seco, e com ele a tranqüilidade, do que a casa cheia de iguarias e com desavença.
  2. O servo prudente dominará sobre o filho que faz envergonhar; e repartirá a herança entre os irmãos.
  3. O crisol é para a prata, e o forno para o ouro; mas o Senhor é quem prova os corações.
  4. O ímpio atenta para o lábio iníquo, o mentiroso inclina os ouvidos à língua maligna.
  5. O que escarnece do pobre insulta ao seu Criador, o que se alegra da calamidade não ficará impune.
  6. A coroa dos velhos são os filhos dos filhos; e a glória dos filhos são seus pais.
  7. Não convém ao tolo a fala excelente; quanto menos ao príncipe, o lábio mentiroso.
  8. O presente é, aos olhos dos que o recebem, como pedra preciosa; para onde quer que se volte servirá de proveito.
  9. Aquele que encobre a transgressão busca a amizade, mas o que revolve o assunto separa os maiores amigos.
  10. A repreensão penetra mais profundamente no prudente do que cem açoites no tolo.
  11. Na verdade o rebelde não busca senão o mal; afinal, um mensageiro cruel será enviado contra ele.
  12. Encontre-se o homem com a ursa roubada dos filhos, mas não com o louco na sua estultícia.
  13. Quanto àquele que paga o bem com o mal, não se apartará o mal da sua casa.
  14. Como o soltar das águas é o início da contenda, assim, antes que sejas envolvido afasta-te da questão.
  15. O que justifica o ímpio, e o que condena o justo, tanto um como o outro são abomináveis ao Senhor.
  16. De que serviria o preço na mão do tolo para comprar sabedoria, visto que não tem entendimento?
  17. Em todo o tempo ama o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão.
  18. O homem falto de entendimento compromete-se, ficando por fiador na presença do seu amigo.
  19. O que ama a transgressão ama a contenda; o que exalta a sua porta busca a ruína.
  20. O perverso de coração jamais achará o bem; e o que tem a língua dobre vem a cair no mal.
  21. O que gera um tolo para a sua tristeza o faz; e o pai do insensato não tem alegria.
  22. O coração alegre é como o bom remédio, mas o espírito abatido seca até os ossos.
  23. O ímpio toma presentes em secreto para perverter as veredas da justiça.
  24. No rosto do entendido se vê a sabedoria, mas os olhos do tolo vagam pelas extremidades da terra.
  25. O filho insensato é tristeza para seu pai, e amargura para aquela que o deu à luz.
  26. Também não é bom punir o justo, nem tampouco ferir aos príncipes por eqüidade.
  27. O que possui o conhecimento guarda as suas palavras, e o homem de entendimento é de precioso espírito.
  28. Até o tolo, quando se cala, é reputado por sábio; e o que cerra os seus lábios é tido por entendido.

Provérbios 18



  1. Busca satisfazer seu próprio desejo aquele que se isola; ele se insurge contra toda sabedoria.
  2. O tolo não tem prazer na sabedoria, mas só em que se manifeste aquilo que agrada o seu coração.
  3. Vindo o ímpio, vem também o desprezo, e com a ignomínia a vergonha.
  4. Águas profundas são as palavras da boca do homem, e ribeiro transbordante é a fonte da sabedoria.
  5. Não é bom favorecer o ímpio, e com isso, fazer o justo perder a questão.
  6. Os lábios do tolo entram na contenda, e a sua boca brada por açoites.
  7. A boca do tolo é a sua própria destruição, e os seus lábios um laço para a sua alma.
  8. As palavras do mexeriqueiro são como doces bocados; elas descem ao íntimo do ventre.
  9. O que é negligente na sua obra é também irmão do desperdiçador.
  10. Torre forte é o nome do Senhor; a ela correrá o justo, e estará em alto refúgio.
  11. Os bens do rico são a sua cidade forte, e como uma muralha na sua imaginação.
  12. O coração do homem se exalta antes de ser abatido e diante da honra vai a humildade.
  13. O que responde antes de ouvir comete estultícia que é para vergonha sua.
  14. O espírito do homem susterá a sua enfermidade, mas ao espírito abatido, quem o suportará?
  15. O coração do entendido adquire o conhecimento, e o ouvido dos sábios busca a sabedoria.
  16. Com presentes o homem alarga o seu caminho e o eleva diante dos grandes.
  17. O que pleiteia por algo, a princípio parece justo, porém vem o seu próximo e o examina.
  18. A sorte faz cessar os pleitos, e faz separação entre os poderosos.
  19. O irmão ofendido é mais difícil de conquistar do que uma cidade forte; e as contendas são como os ferrolhos de um palácio.
  20. Do fruto da boca de cada um se fartará o seu ventre; dos renovos dos seus lábios ficará satisfeito.
  21. A morte e a vida estão no poder da língua; e aquele que a ama comerá do seu fruto.
  22. Aquele que encontra uma esposa, acha o bem, e alcança a benevolência do Senhor.
  23. O pobre fala com rogos, mas o rico responde com dureza.
  24. O homem de muitos amigos deve mostrar-se amigável, mas há um amigo mais chegado do que um irmão.

Provérbios 19



  1. Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o perverso de lábios e tolo.
  2. Assim como não é bom ficar a alma sem conhecimento, peca aquele que se apressa com seus pés.
  3. A estultícia do homem perverterá o seu caminho, e o seu coração se irará contra o Senhor.
  4. As riquezas granjeiam muitos amigos, mas ao pobre, o seu próprio amigo o deixa.
  5. A falsa testemunha não ficará impune e o que respira mentiras não escapará.
  6. Muitos se deixam acomodar pelos favores do príncipe, e cada um é amigo daquele que dá presentes.
  7. Todos os irmãos do pobre o odeiam; quanto mais se afastarão dele os seus amigos! Corre após eles com palavras, que não servem de nada.
  8. O que adquire entendimento ama a sua alma; o que cultiva a inteligência achará o bem.
  9. A falsa testemunha não ficará impune; e o que profere mentiras perecerá.
  10. Ao tolo não é certo gozar de deleites; quanto menos ao servo dominar sobre os príncipes!
  11. A prudência do homem faz reter a sua ira, e é glória sua o passar por cima da transgressão.
  12. Como o rugido do leão jovem é a indignação do rei, mas como o orvalho sobre a relva é a sua benevolência.
  13. O filho insensato é uma desgraça para o pai, e um gotejar contínuo as contendas da mulher.
  14. A casa e os bens são herança dos pais; porém do Senhor vem a esposa prudente.
  15. A preguiça faz cair em profundo sono, e a alma indolente padecerá fome.
  16. O que guardar o mandamento guardará a sua alma; porém o que desprezar os seus caminhos morrerá.
  17. Ao Senhor empresta o que se compadece do pobre, ele lhe pagará o seu benefício.
  18. Castiga o teu filho enquanto há esperança, mas não deixes que o teu ânimo se exalte até o matar.
  19. O homem de grande indignação deve sofrer o dano; porque se tu o livrares ainda terás de tornar a fazê-lo.
  20. Ouve o conselho, e recebe a correção, para que no fim sejas sábio.
  21. Muitos propósitos há no coração do homem, porém o conselho do Senhor permanecerá.
  22. O que o homem mais deseja é o que lhe faz bem; porém é melhor ser pobre do que mentiroso.
  23. O temor do Senhor encaminha para a vida; aquele que o tem ficará satisfeito, e não o visitará mal nenhum.
  24. O preguiçoso esconde a sua mão ao seio; e não tem disposição nem de torná-la à sua boca.
  25. Açoita o escarnecedor, e o simples tomará aviso; repreende ao entendido, e aprenderá conhecimento.
  26. O que aflige o seu pai, ou manda embora sua mãe, é filho que traz vergonha e desonra.
  27. Filho meu, ouvindo a instrução, cessa de te desviares das palavras do conhecimento.
  28. O ímpio escarnece do juízo, e a boca dos perversos devora a iniqüidade.
  29. Preparados estão os juízos para os escarnecedores, e os açoites para as costas dos tolos.

Provérbios 20




  1. O vinho é escarnecedor, a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que neles errar nunca será sábio.
  2. Como o rugido do leão é o terror do rei; o que o provoca à ira peca contra a sua própria alma.
  3. Honroso é para o homem desviar-se de questões, mas todo tolo é intrometido.
  4. O preguiçoso não lavrará por causa do inverno, pelo que mendigará na sega, mas nada receberá.
  5. Como as águas profundas é o conselho no coração do homem; mas o homem de inteligência o trará para fora.
  6. A multidão dos homens apregoa a sua própria bondade, porém o homem fidedigno quem o achará?
  7. O justo anda na sua sinceridade; bem-aventurados serão os seus filhos depois dele.
  8. Assentando-se o rei no trono do juízo, com os seus olhos dissipa todo o mal.
  9. Quem poderá dizer: Purifiquei o meu coração, limpo estou de meu pecado?
  10. Dois pesos diferentes e duas espécies de medida são abominação ao Senhor, tanto um como outro.
  11. Até a criança se dará a conhecer pelas suas ações, se a sua obra é pura e reta.
  12. O ouvido que ouve, e o olho que vê, o Senhor os fez a ambos.
  13. Não ames o sono, para que não empobreças; abre os teus olhos, e te fartarás de pão.
  14. Nada vale, nada vale, dirá o comprador, mas, indo-se, então se gabará.
  15. Há ouro e abundância de rubis, mas os lábios do conhecimento são jóia preciosa.
  16. Ficando alguém por fiador de um estranho, tome-se-lhe a roupa; e por penhor àquele que se obriga pela mulher estranha.
  17. Suave é ao homem o pão da mentira, mas depois a sua boca se encherá de cascalho.
  18. Cada pensamento se confirma com conselho e com bons conselhos se faz a guerra.
  19. O que anda tagarelando revela o segredo; não te intrometas com o que lisonjeia com os seus lábios.
  20. O que amaldiçoa seu pai ou sua mãe, apagar-se-á a sua lâmpada em negras trevas.
  21. A herança que no princípio é adquirida às pressas, no fim não será abençoada.
  22. Não digas: Vingar-me-ei do mal; espera pelo Senhor, e ele te livrará.
  23. Pesos diferentes são abomináveis ao Senhor, e balança enganosa não é boa.
  24. Os passos do homem são dirigidos pelo Senhor; como, pois, entenderá o homem o seu caminho?
  25. Laço é para o homem apropriar-se do que é santo, e só refletir depois de feitos os votos.
  26. O rei sábio dispersa os ímpios e faz passar sobre eles a roda.
  27. O espírito do homem é a lâmpada do Senhor, que esquadrinha todo o interior até o mais íntimo do ventre.
  28. Benignidade e verdade guardam ao rei, e com benignidade sustém ele o seu trono.
  29. A glória do jovem é a sua força; e a beleza dos velhos são as cãs.
  30. Os vergões das feridas são a purificação dos maus, como também as pancadas que penetram até o mais íntimo do ventre.

Provérbios 21




  1. Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do SENHOR, que o inclina a todo o seu querer.
  2. Todo caminho do homem é reto aos seus olhos, mas o Senhor sonda os corações.
  3. Fazer justiça e juízo é mais aceitável ao Senhor do que sacrifício.
  4. Os olhos altivos, o coração orgulhoso e a lavoura dos ímpios é pecado.
  5. Os pensamentos do diligente tendem só para a abundância, porém os de todo apressado, tão-somente para a pobreza.
  6. Trabalhar com língua falsa para ajuntar tesouros é vaidade que conduz aqueles que buscam a morte.
  7. As rapinas dos ímpios os destruirão, porquanto se recusam a fazer justiça.
  8. O caminho do homem é todo perverso e estranho, porém a obra do homem puro é reta.
  9. É melhor morar num canto de telhado do que ter como companheira em casa ampla uma mulher briguenta.
  10. A alma do ímpio deseja o mal; o seu próximo não agrada aos seus olhos.
  11. Quando o escarnecedor é castigado, o simples torna-se sábio; e o sábio quando é instruído recebe o conhecimento.
  12. O justo considera com prudência a casa do ímpio; mas Deus destrói os ímpios por causa dos seus males.
  13. O que tapa o seu ouvido ao clamor do pobre, ele mesmo também clamará e não será ouvido.
  14. O presente dado em segredo aplaca a ira, e a dádiva no regaço põe fim à maior indignação.
  15. O fazer justiça é alegria para o justo, mas destruição para os que praticam a iniqüidade.
  16. O homem que anda desviado do caminho do entendimento, na congregação dos mortos repousará.
  17. O que ama os prazeres padecerá necessidade; o que ama o vinho e o azeite nunca enriquecerá.
  18. O resgate do justo é o ímpio; o do honrado é o perverso.
  19. É melhor morar numa terra deserta do que com a mulher rixosa e irritadiça.
  20. Tesouro desejável e azeite há na casa do sábio, mas o homem insensato os esgota.
  21. O que segue a justiça e a beneficência achará a vida, a justiça e a honra.
  22. O sábio escala a cidade do poderoso e derruba a força da sua confiança.
  23. O que guarda a sua boca e a sua língua guarda a sua alma das angústias.
  24. O soberbo e presumido, zombador é o seu nome, trata com indignação e soberba.
  25. O desejo do preguiçoso o mata, porque as suas mãos recusam trabalhar.
  26. O cobiçoso cobiça o dia todo, mas o justo dá, e nada retém.
  27. O sacrifício dos ímpios já é abominação; quanto mais oferecendo-o com má intenção!
  28. A falsa testemunha perecerá, porém o homem que dá ouvidos falará sempre.
  29. O homem ímpio endurece o seu rosto; mas o reto considera o seu caminho.
  30. Não há sabedoria, nem inteligência, nem conselho contra o Senhor.
  31. Prepara-se o cavalo para o dia da batalha, porém do Senhor vem a vitória.

Provérbios 22



  1. Vale mais ter um bom nome do que muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a riqueza e o ouro.
  2. O rico e o pobre se encontram; a todos o Senhor os fez.
  3. O prudente prevê o mal, e esconde-se; mas os simples passam e acabam pagando.
  4. O galardão da humildade e o temor do Senhor são riquezas, honra e vida.
  5. Espinhos e laços há no caminho do perverso; o que guarda a sua alma retira-se para longe dele.
  6. Educa a criança no caminho em que deve andar; e até quando envelhecer não se desviará dele.
  7. O rico domina sobre os pobres e o que toma emprestado é servo do que empresta.
  8. O que semear a perversidade segará males; e com a vara da sua própria indignação será extinto.
  9. O que vê com bons olhos será abençoado, porque dá do seu pão ao pobre.
  10. Lança fora o escarnecedor, e se irá a contenda; e acabará a questão e a vergonha.
  11. O que ama a pureza de coração, e é amável de lábios, será amigo do rei.
  12. Os olhos do Senhor conservam o conhecimento, mas as palavras do iníquo ele transtornará.
  13. Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora; serei morto no meio das ruas.
  14. Cova profunda é a boca das mulheres estranhas; aquele contra quem o Senhor se irar, cairá nela.
  15. A estultícia está ligada ao coração da criança, mas a vara da correção a afugentará dela.
  16. O que oprime ao pobre para se engrandecer a si mesmo, ou o que dá ao rico, certamente empobrecerá.
  17. Inclina o teu ouvido e ouve as palavras dos sábios, e aplica o teu coração ao meu conhecimento.
  18. Porque te será agradável se as guardares no teu íntimo, se aplicares todas elas aos teus lábios.
  19. Para que a tua confiança esteja no Senhor, faço-te sabê-las hoje, a ti mesmo.
  20. Porventura não te escrevi excelentes coisas, acerca de todo conselho e conhecimento,
  21. Para fazer-te saber a certeza das palavras da verdade, e assim possas responder palavras de verdade aos que te consultarem?
  22. Não roubes ao pobre, porque é pobre, nem atropeles na porta o aflito;
  23. Porque o Senhor defenderá a sua causa em juízo, e aos que os roubam ele lhes tirará a vida.
  24. Não sejas companheiro do homem briguento nem andes com o colérico,
  25. Para que não aprendas as suas veredas, e tomes um laço para a tua alma.
  26. Não estejas entre os que se comprometem, e entre os que ficam por fiadores de dívidas,
  27. Pois se não tens com que pagar, deixarias que te tirassem até a tua cama de debaixo de ti?
  28. Não removas os antigos limites que teus pais fizeram.
  29. Viste o homem diligente na sua obra? Perante reis será posto; não permanecerá entre os de posição inferior.

Provérbios 23



  1. Quando te assentares a comer com um governador, atenta bem para o que é posto diante de ti,
  2. E se és homem de grande apetite, põe uma faca à tua garganta.
  3. Não cobices as suas iguarias porque são comidas enganosas.
  4. Não te fatigues para enriqueceres; e não apliques nisso a tua sabedoria.
  5. Porventura fixarás os teus olhos naquilo que não é nada? porque certamente criará asas e voará ao céu como a águia.
  6. Não comas o pão daquele que tem o olhar maligno, nem cobices as suas iguarias gostosas.
  7. Porque, como imaginou no seu coração, assim é ele. Come e bebe, te disse ele; porém o seu coração não está contigo.
  8. Vomitarás o bocado que comeste, e perderás as tuas suaves palavras.
  9. Não fales ao ouvido do tolo, porque desprezará a sabedoria das tuas palavras.
  10. Não removas os limites antigos nem entres nos campos dos órfãos,
  11. Porque o seu redentor é poderoso; e pleiteará a causa deles contra ti.
  12. Aplica o teu coração à instrução e os teus ouvidos às palavras do conhecimento.
  13. Não retires a disciplina da criança; pois se a fustigares com a vara, nem por isso morrerá.
  14. Tu a fustigarás com a vara, e livrarás a sua alma do inferno.
  15. Filho meu, se o teu coração for sábio, alegrar-se-á o meu coração, sim, o meu próprio.
  16. E exultarão os meus rins, quando os teus lábios falarem coisas retas.
  17. O teu coração não inveje os pecadores; antes permanece no temor do Senhor todo dia.
  18. Porque certamente acabará bem; não será malograda a tua esperança.
  19. Ouve tu, filho meu, e sê sábio, e dirige no caminho o teu coração.
  20. Não estejas entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne.
  21. Porque o beberrão e o comilão acabarão na pobreza; e a sonolência os faz vestir-se de trapos.
  22. Ouve teu pai, que te gerou, e não desprezes tua mãe, quando vier a envelhecer.
  23. Compra a verdade, e não a vendas; e também a sabedoria, a instrução e o entendimento.
  24. Grandemente se regozijará o pai do justo, e o que gerar um sábio, se alegrará nele.
  25. Alegrem-se teu pai e tua mãe, e regozije-se a que te gerou.
  26. Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos observem os meus caminhos.
  27. Porque cova profunda é a prostituta, e poço estreito a estranha.
  28. Pois ela, como um salteador, se põe à espreita, e multiplica entre os homens os iníquos.
  29. Para quem são os ais? Para quem os pesares? Para quem as pelejas? Para quem as queixas? Para quem as feridas sem causa? E para quem os olhos vermelhos?
  30. Para os que se demoram perto do vinho, para os que andam buscando vinho misturado.
  31. Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente.
  32. No fim, picará como a cobra, e como o basilisco morderá.
  33. Os teus olhos olharão para as mulheres estranhas, e o teu coração falará perversidades.
  34. E serás como o que se deita no meio do mar, e como o que jaz no topo do mastro.
  35. E dirás: Espancaram-me e não me doeu; bateram-me e nem senti; quando despertarei? aí então beberei outra vez.

Provérbios 24


  1. Não tenhas inveja dos homens malignos, nem desejes estar com eles.
  2. Porque o seu coração medita a rapina, e os seus lábios falam a malícia.
  3. Com a sabedoria se edifica a casa, e com o entendimento ela se estabelece;
  4. E pelo conhecimento se encherão as câmaras com todos os bens preciosos e agradáveis.
  5. O homem sábio é forte, e o homem de conhecimento consolida a força.
  6. Com conselhos prudentes tu farás a guerra; e há vitória na multidão dos conselheiros.
  7. A sabedoria é demasiadamente alta para o tolo, na porta não abrirá a sua boca.
  8. Àquele que cuida em fazer mal, chamá-lo-ão de pessoa danosa.
  9. O pensamento do tolo é pecado, e abominável aos homens é o escarnecedor.
  10. Se te mostrares fraco no dia da angústia, é que a tua força é pequena.
  11. Se tu deixares de livrar os que estão sendo levados para a morte, e aos que estão sendo levados para a matança;
  12. Se disseres: Eis que não o sabemos; porventura não o considerará aquele que pondera os corações? Não o saberá aquele que atenta para a tua alma? Não dará ele ao homem conforme a sua obra?
  13. Come mel, meu filho, porque é bom; o favo de mel é doce ao teu paladar.
  14. Assim será para a tua alma o conhecimento da sabedoria; se a achares, haverá galardão para ti e não será cortada a tua esperança.
  15. Não armes ciladas contra a habitação do justo, ó ímpio, nem assoles o seu lugar de repouso,
  16. Porque sete vezes cairá o justo, e se levantará; mas os ímpios tropeçarão no mal.
  17. Quando cair o teu inimigo, não te alegres, nem se regozije o teu coração quando ele tropeçar;
  18. Para que, vendo-o o Senhor, seja isso mau aos seus olhos, e desvie dele a sua ira.
  19. Não te indignes por causa dos malfeitores, nem tenhas inveja dos ímpios,
  20. Porque o homem maligno não terá galardão, e a lâmpada dos ímpios se apagará.
  21. Teme ao Senhor, filho meu, e ao rei, e não te ponhas com os que buscam mudanças,
  22. Porque de repente se levantará a sua destruição, e a ruína de ambos, quem o sabe?
  23. Também estes são provérbios dos sábios: Ter respeito a pessoas no julgamento não é bom.
  24. O que disser ao ímpio: Justo és, os povos o amaldiçoarão, as nações o detestarão.
  25. Mas para os que o repreenderem haverá delícias, e sobre eles virá a bênção do bem.
  26. Beijados serão os lábios do que responde com palavras retas.
  27. Prepara de fora a tua obra, e aparelha-a no campo, e então edifica a tua casa.
  28. Não sejas testemunha sem causa contra o teu próximo; e não enganes com os teus lábios.
  29. Não digas: Como ele me fez a mim, assim o farei eu a ele; pagarei a cada um segundo a sua obra.
  30. Passei pelo campo do preguiçoso, e junto à vinha do homem falto de entendimento,
  31. Eis que estava toda cheia de cardos, e a sua superfície coberta de urtiga, e o seu muro de pedras estava derrubado.
  32. O que eu tenho visto, o guardarei no coração, e vendo-o recebi instrução.
  33. Um pouco a dormir, um pouco a cochilar; outro pouco deitado de mãos cruzadas, para dormir,
  34. Assim te sobrevirá a tua pobreza como um vagabundo, e a tua necessidade como um homem armado.

Provérbios 25


  1. Também estes são provérbios de Salomão, os quais transcreveram os homens de Ezequias, rei de Judá.
  2. A glória de Deus está nas coisas encobertas; mas a honra dos reis, está em descobri-las.
  3. Os céus, pela altura, e a terra, pela profundidade, assim o coração dos reis é insondável.
  4. Tira da prata as escórias, e sairá vaso para o fundidor;
  5. Tira o ímpio da presença do rei, e o seu trono se firmará na justiça.
  6. Não te glories na presença do rei, nem te ponhas no lugar dos grandes;
  7. Porque melhor é que te digam: Sobe aqui; do que seres humilhado diante do príncipe que os teus olhos já viram.
  8. Não te precipites em litigar, para que depois, ao fim, fiques sem ação, quando teu próximo te puser em apuros.
  9. Pleiteia a tua causa com o teu próximo, e não reveles o segredo a outrem,
  10. Para que não te desonre o que o ouvir, e a tua infâmia não se aparte de ti.
  11. Como maçãs de ouro em salvas de prata, assim é a palavra dita a seu tempo.
  12. Como pendentes de ouro e gargantilhas de ouro fino, assim é o sábio repreensor para o ouvido atento.
  13. Como o frio da neve no tempo da sega, assim é o mensageiro fiel para com os que o enviam; porque refresca a alma dos seus senhores.
  14. Como nuvens e ventos que não trazem chuva, assim é o homem que se gaba falsamente de dádivas.
  15. Pela longanimidade se persuade o príncipe, e a língua branda amolece até os ossos.
  16. Achaste mel? come só o que te basta; para que porventura não te fartes dele, e o venhas a vomitar.
  17. Não ponhas muito os pés na casa do teu próximo; para que se não enfade de ti, e passe a te odiar.
  18. Martelo, espada e flecha aguda é o homem que profere falso testemunho contra o seu próximo.
  19. Como dente quebrado, e pé desconjuntado, é a confiança no desleal, no tempo da angústia.
  20. O que canta canções para o coração aflito é como aquele que despe a roupa num dia de frio, ou como o vinagre sobre salitre.
  21. Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão para comer; e se tiver sede, dá-lhe água para beber;
  22. Porque assim lhe amontoarás brasas sobre a cabeça; e o Senhor to retribuirá.
  23. O vento norte afugenta a chuva, e a face irada, a língua fingida.
  24. Melhor é morar só num canto de telhado do que com a mulher briguenta numa casa ampla.
  25. Como água fresca para a alma cansada, tais são as boas novas vindas da terra distante.
  26. Como fonte turvada, e manancial poluído, assim é o justo que cede diante do ímpio.
  27. Comer mel demais não é bom; assim, a busca da própria glória não é glória.
  28. Como a cidade derrubada, sem muro, assim é o homem que não pode conter o seu espírito.

Provérbios 26



  1. Como a neve no verão, e como a chuva na sega, assim não fica bem para o tolo a honra.
  2. Como ao pássaro o vaguear, como à andorinha o voar, assim a maldição sem causa não virá.
  3. O açoite é para o cavalo, o freio é para o jumento, e a vara é para as costas dos tolos.
  4. Não respondas ao tolo segundo a sua estultícia; para que também não te faças semelhante a ele.
  5. Responde ao tolo segundo a sua estultícia, para que não seja sábio aos seus próprios olhos.
  6. Os pés corta, e o dano sorve, aquele que manda mensagem pela mão dum tolo.
  7. Como as pernas do coxo, que pendem flácidas, assim é o provérbio na boca dos tolos.
  8. Como o que arma a funda com pedra preciosa, assim é aquele que concede honra ao tolo.
  9. Como o espinho que entra na mão do bêbado, assim é o provérbio na boca dos tolos.
  10. O Poderoso, que formou todas as coisas, paga ao tolo, e recompensa ao transgressor.
  11. Como o cão torna ao seu vômito, assim o tolo repete a sua estultícia.
  12. Tens visto o homem que é sábio a seus próprios olhos? Pode-se esperar mais do tolo do que dele.
  13. Diz o preguiçoso: Um leão está no caminho; um leão está nas ruas.
  14. Como a porta gira nos seus gonzos, assim o preguiçoso na sua cama.
  15. O preguiçoso esconde a sua mão ao seio; e cansa-se até de torná-la à sua boca.
  16. Mais sábio é o preguiçoso a seus próprios olhos do que sete homens que respondem bem.
  17. O que, passando, se põe em questão alheia, é como aquele que pega um cão pelas orelhas.
  18. Como o louco que solta faíscas, flechas, e mortandades,
  19. Assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: Fiz isso por brincadeira.
  20. Sem lenha, o fogo se apagará; e não havendo intrigante, cessará a contenda.
  21. Como o carvão para as brasas, e a lenha para o fogo, assim é o homem contencioso para acender rixas.
  22. As palavras do intrigante são como doces bocados; elas descem ao mais íntimo do ventre.
  23. Como o caco de vaso coberto de escórias de prata, assim são os lábios ardentes com o coração maligno.
  24. Aquele que odeia dissimula com seus lábios, mas no seu íntimo encobre o engano;
  25. Quando te suplicar com voz suave não te fies nele, porque abriga sete abominações no seu coração,
  26. Cujo ódio se encobre com engano, a sua maldade será exposta perante a congregação.
  27. O que cava uma cova cairá nela; e o que revolve a pedra, esta voltará sobre ele.
  28. A língua falsa odeia aos que ela fere, e a boca lisonjeira provoca a ruína.

Provérbios 27




  1. Não presumas do dia de amanhã, porque não sabes o que ele trará.
  2. Que um outro te louve, e não a tua própria boca; o estranho, e não os teus lábios.
  3. A pedra é pesada, e a areia é espessa; porém a ira do insensato é mais pesada que ambas.
  4. O furor é cruel e a ira impetuosa, mas quem poderá enfrentar a inveja?
  5. Melhor é a repreensão franca do que o amor encoberto.
  6. Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo são enganosos.
  7. A alma farta pisa o favo de mel, mas para a alma faminta todo amargo é doce.
  8. Qual a ave que vagueia longe do seu ninho, tal é o homem que anda vagueando longe da sua morada.
  9. O óleo e o perfume alegram o coração; assim o faz a doçura do amigo pelo conselho cordial.
  10. Não deixes o teu amigo, nem o amigo de teu pai; nem entres na casa de teu irmão no dia da tua adversidade; melhor é o vizinho perto do que o irmão longe.
  11. Sê sábio, filho meu, e alegra o meu coração, para que tenha alguma coisa que responder àquele que me desprezar.
  12. O avisado vê o mal e esconde-se; mas os simples passam e sofrem a pena.
  13. Quando alguém fica por fiador do estranho, toma-lhe até a sua roupa, e por penhor àquele que se obriga pela mulher estranha.
  14. O que, pela manhã de madrugada, abençoa o seu amigo em alta voz, lho será imputado por maldição.
  15. O gotejar contínuo em dia de grande chuva, e a mulher contenciosa, uma e outra são semelhantes;
  16. Tentar moderá-la será como deter o vento, ou como conter o óleo dentro da sua mão direita.
  17. Como o ferro com ferro se aguça, assim o homem afia o rosto do seu amigo.
  18. O que cuida da figueira comerá do seu fruto; e o que atenta para o seu senhor será honrado.
  19. Como na água o rosto corresponde ao rosto, assim o coração do homem ao homem.
  20. Como o inferno e a perdição nunca se fartam, assim os olhos do homem nunca se satisfazem.
  21. Como o crisol é para a prata, e o forno para o ouro, assim o homem é provado pelos louvores.
  22. Ainda que repreendas o tolo como quem bate o trigo com a mão de gral entre grãos pilados, não se apartará dele a sua estultícia.
  23. Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; põe o teu coração sobre os teus rebanhos,
  24. Porque o tesouro não dura para sempre; e durará a coroa de geração em geração?
  25. Quando brotar a erva, e aparecerem os renovos, e se juntarem as ervas dos montes,
  26. Então os cordeiros serão para te vestires, e os bodes para o preço do campo;
  27. E a abastança do leite das cabras para o teu sustento, para sustento da tua casa e para sustento das tuas servas.

Provérbios 28




  1. Os ímpios fogem sem que haja ninguém a persegui-los; mas os justos são ousados como um leão.
  2. Pela transgressão da terra muitos são os seus príncipes, mas por homem prudente e entendido a sua continuidade será prolongada.
  3. O homem pobre que oprime os pobres é como a chuva impetuosa, que causa a falta de alimento.
  4. Os que deixam a lei louvam o ímpio; porém os que guardam a lei contendem com eles.
  5. Os homens maus não entendem o juízo, mas os que buscam ao Senhor entendem tudo.
  6. Melhor é o pobre que anda na sua integridade do que o de caminhos perversos ainda que seja rico.
  7. O que guarda a lei é filho sábio, mas o companheiro dos desregrados envergonha a seu pai.
  8. O que aumenta os seus bens com usura e ganância ajunta-os para o que se compadece do pobre.
  9. O que desvia os seus ouvidos de ouvir a lei, até a sua oração será abominável.
  10. O que faz com que os retos errem por mau caminho, ele mesmo cairá na sua cova; mas os bons herdarão o bem.
  11. O homem rico é sábio aos seus próprios olhos, mas o pobre que é entendido, o examina.
  12. Quando os justos exultam, grande é a glória; mas quando os ímpios sobem, os homens se escondem.
  13. O que encobre as suas transgressões nunca prosperará, mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia.
  14. Bem-aventurado o homem que continuamente teme; mas o que endurece o seu coração cairá no mal.
  15. Como leão rugidor, e urso faminto, assim é o ímpio que domina sobre um povo pobre.
  16. O príncipe falto de entendimento é também um grande opressor, mas o que odeia a avareza prolongará seus dias.
  17. O homem carregado do sangue de qualquer pessoa fugirá até à cova; ninguém o detenha.
  18. O que anda sinceramente salvar-se-á, mas o perverso em seus caminhos cairá logo.
  19. O que lavrar a sua terra virá a fartar-se de pão, mas o que segue a ociosos se fartará de pobreza.
  20. O homem fiel será coberto de bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não ficará impune.
  21. Dar importância à aparência das pessoas não é bom, porque até por um bocado de pão um homem prevaricará.
  22. O que quer enriquecer depressa é homem de olho maligno, porém não sabe que a pobreza há de vir sobre ele.
  23. O que repreende o homem gozará depois mais amizade do que aquele que lisonjeia com a língua.
  24. O que rouba a seu próprio pai, ou a sua mãe, e diz: Não é transgressão, companheiro é do homem destruidor.
  25. O orgulhoso de coração levanta contendas, mas o que confia no Senhor prosperará.
  26. O que confia no seu próprio coração é insensato, mas o que anda em sabedoria, será salvo.
  27. O que dá ao pobre não terá necessidade, mas o que esconde os seus olhos terá muitas maldições.
  28. Quando os ímpios se elevam, os homens andam se escondendo, mas quando perecem, os justos se multiplicam.

Provérbios 29




  1. O Homem que muitas vezes repreendido endurece a cerviz, de repente será destruído sem que haja remédio.
  2. Quando os justos se engrandecem, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo geme.
  3. O homem que ama a sabedoria alegra a seu pai, mas o companheiro de prostitutas desperdiça os bens.
  4. O rei com juízo sustém a terra, mas o amigo de peitas a transtorna.
  5. O homem que lisonjeia o seu próximo arma uma rede aos seus passos.
  6. Na transgressão do homem mau há laço, mas o justo jubila e se alegra.
  7. O justo se informa da causa dos pobres, mas o ímpio nem sequer toma conhecimento.
  8. Os homens escarnecedores alvoroçam a cidade, mas os sábios desviam a ira.
  9. O homem sábio que pleiteia com o tolo, quer se zangue, quer se ria, não terá descanso.
  10. Os homens sanguinários odeiam ao sincero, mas os justos procuram o seu bem.
  11. O tolo revela todo o seu pensamento, mas o sábio o guarda até o fim.
  12. O governador que dá atenção às palavras mentirosas, achará que todos os seus servos são ímpios.
  13. O pobre e o usurário se encontram; o Senhor ilumina os olhos de ambos.
  14. O rei que julga os pobres conforme a verdade firmará o seu trono para sempre.
  15. A vara e a repreensão dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma, envergonha a sua mãe.
  16. Quando os ímpios se multiplicam, multiplicam-se as transgressões, mas os justos verão a sua queda.
  17. Castiga o teu filho, e te dará descanso; e dará delícias à tua alma.
  18. Não havendo profecia, o povo perece; porém o que guarda a lei, esse é bem-aventurado.
  19. O servo não se emendará com palavras, porque, ainda que entenda, todavia não atenderá.
  20. Tens visto um homem precipitado no falar? Maior esperança há para um tolo do que para ele.
  21. Quando alguém cria o seu servo com mimos desde a meninice, por fim ele tornar-se-á seu filho.
  22. O homem irascível levanta contendas; e o furioso multiplica as transgressões.
  23. A soberba do homem o abaterá, mas a honra sustentará o humilde de espírito.
  24. O que tem parte com o ladrão odeia a sua própria alma; ouve maldições, e não o denuncia.
  25. O temor do homem armará laços, mas o que confia no Senhor será posto em alto retiro.
  26. Muitos buscam o favor do poderoso, mas o juízo de cada um vem do Senhor.
  27. Abominação é, para os justos, o homem iníquo; mas abominação é, para o iníquo, o de retos caminhos.

Provérbios 30


  1. Palavras de Agur, filho de Jaque, o masaíta, que proferiu este homem a Itiel, a Itiel e a Ucal:
  2. Na verdade eu sou o mais bruto dos homens, nem mesmo tenho o conhecimento de homem.
  3. Nem aprendi a sabedoria, nem tenho o conhecimento do santo.
  4. Quem subiu ao céu e desceu? Quem encerrou os ventos nos seus punhos? Quem amarrou as águas numa roupa? Quem estabeleceu todas as extremidades da terra? Qual é o seu nome? E qual é o nome de seu filho, se é que o sabes?
  5. Toda a Palavra de Deus é pura; escudo é para os que confiam nele.
  6. Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.
  7. Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra:
  8. Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume;
  9. Para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o Senhor? ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão.
  10. Não acuses o servo diante de seu senhor, para que não te amaldiçoe e tu fiques o culpado.
  11. Há uma geração que amaldiçoa a seu pai, e que não bendiz a sua mãe.
  12. Há uma geração que é pura aos seus próprios olhos, mas que nunca foi lavada da sua imundícia.
  13. Há uma geração cujos olhos são altivos, e as suas pálpebras são sempre levantadas.
  14. Há uma geração cujos dentes são espadas, e cujas queixadas são facas, para consumirem da terra os aflitos, e os necessitados dentre os homens.
  15. A sanguessuga tem duas filhas: Dá e Dá. Estas três coisas nunca se fartam; e com a quarta, nunca dizem: Basta!
  16. A sepultura; a madre estéril; a terra que não se farta de água; e o fogo; nunca dizem: Basta!
  17. Os olhos que zombam do pai, ou desprezam a obediência à mãe, corvos do ribeiro os arrancarão e os filhotes da águia os comerão.
  18. Estas três coisas me maravilham; e quatro há que não conheço:
  19. O caminho da águia no ar; o caminho da cobra na penha; o caminho do navio no meio do mar; e o caminho do homem com uma virgem.
  20. O caminho da mulher adúltera é assim: ela come, depois limpa a sua boca e diz: Não fiz nada de mal!
  21. Por três coisas se alvoroça a terra; e por quatro que não pode suportar:
  22. Pelo servo, quando reina; e pelo tolo, quando vive na fartura;
  23. Pela mulher odiosa, quando é casada; e pela serva, quando fica herdeira da sua senhora.
  24. Estas quatro coisas são das menores da terra, porém bem providas de sabedoria:
  25. As formigas não são um povo forte; todavia no verão preparam a sua comida;
  26. Os coelhos são um povo débil; e contudo, põem a sua casa na rocha;
  27. Os gafanhotos não têm rei; e contudo todos saem, e em bandos se repartem;
  28. A aranha se pendura com as mãos, e está nos palácios dos reis.
  29. Estes três têm um bom andar, e quatro passeiam airosamente;
  30. O leão, o mais forte entre os animais, que não foge de nada;
  31. O galgo; o bode também; e o rei a quem não se pode resistir.
  32. Se procedeste loucamente, exaltando-te, e se planejaste o mal, leva a mão à boca;
  33. Porque o mexer do leite produz manteiga, o espremer do nariz produz sangue; assim o forçar da ira produz contenda.